domingo, abril 05, 2009

O parque do Alberto em dia de corrida
(Albert park, home to the F1 Australian GP)


No passado fim de semana o "circo" chegou à cidade. Não havia leões, mas houve movimentos felinos na grelha de partida e alguma matreirice na final..
O melhor foi sem dúvida a bela salsicha grelhada no terraço da casa do amigo que tinha vistas para a pista. Para os que esperam estas alturas para atirar a frase "À boa maneira portuguesa" fiquem descansados que a sugestão não veio da minha parte!
Com a minnie numa mão e a outra a controlar o grelhador, os olhos na televisão que teimava em cortar a classificação devido a antena improvisada com um cabide e o ruído dos bólides a tornar qualquer conversa numa troca de gritos o final da tarde de domingo passou-se bem! Faltou um pouco da discussão entre os especialistas da modalidade, e eu que nem ligo muito a coisa, por considerar o desporto um bocado "hamsteriano" (un dia deste elaboro o meu pensamento neste tema) dei comigo a explicar novas regras nos "alerons" e nas "asas dianteiras" a fazer inveja ao Paulo Solipa.
Para alegria dos Australianos o "underdog" lá ganhou e prometeu mais para a Malásia, vamos ver se consegue entregar o que prometeu.
O por do sol no leste da Austrália
(Byron Bay)

sexta-feira, março 13, 2009

Isto é o que entendo por Estado Secular

quinta-feira, fevereiro 12, 2009

Os piores momentos revelam sempre algo de bom.


No rescaldo do Sábado negro, em que pelo menos 180 pessoas já foram confirmadas mortas, os Australianos vão mostrando a faceta mais "Aussie". É impressionante como os animais não foram esquecidos, apesar da dimensão da tragédia. Os donativos já ultrapassaram os $40M e várias empresas contribuiram de forma significativa. É pelo menos reconfortante saber que ainda existe algum tipo de solidariedade.
Parabéns Manel ou ainda bem que há artistas a sério em Portugal!


O Designer e Investigador Português Manuel Lima foi nomeado pela revista americana Creativity uma das 50 mentes mais criativas e influentes para 2009, entre nomes como David Fincher (Director), Jeff Bezos (Fundador/CEO Amazon.com), David Axelrod (Estratega da campanha presidencial de Barack Obama), Sergey Brin e Larry Page (Co-fundadores Google), Jean Nouvel (Arquitecto), Andrew Staton (Director de Wall-E), David Byrne (Músico).

sábado, janeiro 24, 2009

Fim de tarde em Melbourne Park

sexta-feira, janeiro 23, 2009

Uma semana de Grand Slam

Está a chegar ao fim a primeira semana do primeiro Grand Slam da temporada. A minha primeira vez em Melbourne Park tem enchido as medidas. No primeiro dia vi o Federer, Roger para os amigos, e confesso que tive a mesma sensação quando vi o Pete Sampras nos masters de Lisboa em 2000. Os dois têm uma fLuidez de movimentos e calma aparente, que parece que jogam em câmara lenta. Em futebulês poderia dizer-se que são "falsos lentos" e que "abrem o livro", a verdade é que me impressionam mais do que Nadal ou o Murray.
Ontem assisti a um jogo muito interessante entre uma jovem espanhola (Carla Suarez Navarro) e Venus William. Carla depois de ter levado tratamento expresso no primeiro set, jogou descomplexada e ganhou o segundo set, com portentosas pancadas de esquerda a uma mão (essa especie em vias de extinção). O último set foi um clássico, Venus na frente 5-2 e a servir para fechar o encontro! Carla "remonta" e acaba por ganhar 7-5 merecidamente.
Hoje há um daqueles jogos que me podem deixar na Rod Laver arena atá de madrugada, ou que podem acabar em hora e meia. Um dos jogadores mais talentosos da actualidade mas com menos inteligência emocional (Safin) contra o Rei Federer. Vamos ver o que dá a montanha russa Safin!

quinta-feira, janeiro 15, 2009

Big Foot

Ontem foi o primeiro dia do Australian Open, qualifying é certo mas de um Grand Slam. Tive oportunidade de ver alguns jogadores sobre quem recaíam grandes esperanças quando eu era mais novo (e eles também) e que andam agora a disputar qualifyings. Xavier Malisse e Dominik Hrbaty, com 28 e 31 anos respectivamente ganharam os jogos da primeira ronda e estão agora a dois encontros de entrarem no quadro principal.
É sempre curioso tentar entender porque é que alguns jogadores se eclipsam após inícios de carreira promissores. As lesões são um tema recorrente, mas é interessante fazer uma ligação entre estas e temas psicológicos. Lembro-me do Jonny Wilkinson (o herói inglês na conquista do mundial de Rugby de 2003 na Austrália) admitir numa entrevista a um jornal inglês que depois de ter sido elevado à categoria de estrela, o receio que tinha de defraudar as expectativas e que o levava e ter uma atitude mais defensiva no seu jogo e que, segundo especialistas em medicina desportiva, esteve na génese das lesões sucessivas que afectaram o jogador durante quase quatro anos.
O título do post vem a propósito de uma jogo do Estoril Open 2000 em que eu e o meu irmão “fizemos linhas”. O jogo foi entre Richard Fromberg (AUS) e Andrei Pavel (ROM) e estendeu-se até perto das 9 da noite num court secundário e com pouca iluminação. Fromberg entrou forte e ganhou o primeiro set de forma claríssima por 6-0, a única coisa que me recordo foi que Pavel partiu pelo menos uma raquete nesse primeiro set contra um indefeso frigorífico das Àguas do Luso. O segundo set foi bastante mais equilibrado e Pavel acabou por ganhar no tie-break. Nas bancadas não havia mais do que meia dúzia de pessoas e a equipa suplente de juízes de linha e apanha bolas que se iam divertindo com uma entretida troca de palavras entre Pavel e Fromberg, Pavel e o árbitro de cadeira e Pavel e o pouco público. O terceiro e decisivo set foi mais uma vez ao tie-break onde Fromberg teve mais clarividência para conseguir ganhar o encontro e deixar Pavel com um ataque de nervos que o levou a tirar as restantes (intactas) raquetes do saco e parti-las contra o logo das Àguas do Luso. Um dos episódios mais raros que testemunhei passou-se em seguida, quando Pavel arremessou (este termo bastante futebolístico) uma raquete para um membro do público. Esse mesmo membro do público enervado, retribuiu o gesto e em seguida abandonou as bancadas. Com a ajuda do meu irmão, recordei-me de outro episódio desse encontro, quando no tie-break do set decisivo, um dos juízes de linha mais jovem teve a coragem de marcar uma falta de pé a Pavel num segundo serviço.
Sei que é um lugar comum, mas cada vez mais me apercebo da importância que a “cabeça” tem no desporto!


terça-feira, janeiro 13, 2009

Conto's beach ou Era uma vez a praia perfeita

Há acasos que nos levam a descobrir algo que estavamos à procura há algum tempo. Depois de 300 km à procura de uma praia com ondas de tamanho aceitável eis que um engano num cruzamento do "outback" nos leva por uma estrada esburacada a descobrir a praia onde passaríamos o restante da nossa viagem de uma semana.
Três dias em que nos cruzamos com 6 pessoas e em que foi possível surfar até chatear...de manhã à noite só com intervalo para refeições de massa...com massa!

Fragmentos de uma semana em busca do tempo perdido


Redgate beach, WA, Australia
Férias (o fim das)

O primeiro dia de trabalho depois de quase um mês de férias trás de volta a realidade que as férias ajudam a esquecer… e um dia é suficiente para que o que até dois dias atrás era a realidade parecer um sonho distante.
O despertar volta a ser uma tarefa árdua, fazer a barba todos os dias, passar a camisa para usar no mesmo dia, escolher uma gravata e enfiar nos pés uns sapatos que vão percorrer o mesmo caminho a que já estão habituados. Voltam os almoços em frente ao computador e o desejo de que os dias passem rápido para se poder “viver” alguma coisa antes de ir para a cama. Voltam-se a contar os dias até ao fim de semana e estabelecem-se objectivos mentais para que as semanas até à próxima paragem passem rápido.
O primeiro dia custa sempre… amanhã será mais fácil, mas nunca tão apetecível como acordar na cama da infância e poder ver aqueles que mais se querem a todas as horas, até chatear! Ou deixar que o sol aqueça tanto o quarto que faça com que a primeira acção do dia seja um banho de mar que mais não é do que um prenuncio do que se fará o resto do dia…
Ainda não entendo porque lhes chamam a Silly Season…eu preferia chamar-lhes off-silly season!